terça-feira, 26 de abril de 2011

Os dentes e a terceira idade

O dentista, hoje, tem um compromisso muito maior do que garantir dentes em perfeito estado para o paciente mastigar. É preciso que as restaurações cumpram uma função principal: possibilitar uma mastigação eficiente, com gengivas saudáveis e dentes com bom aspecto. Os indivíduos que hoje têm mais de 45 anos aceitavam, há alguns anos, usar próteses parciais ou totais para poderem mastigar; a estética era secundária. Atualmente, com melhores cuidados com a saúde, a expectativa de vida tem aumentado e a aparência física tornou-se também muito importante. Além do mais os trabalhoso dontológicos devem durar mais tempo.






O paciente idoso que chega aos consultórios não perdeu ainda, normalmente, todos os seus dentes nem aceita perdê-los. Com os conceitos de prevenção e a melhora na prática odontológica, ele tem melhor saúde bucal. Não basta mais que o paciente possa mastigar satisfatoriamente; estética e função estão intimamente relacionados. Algumas pessoas não sorriem para não mostrarem dentes defeituosos, e é comum observar que muitos levam a mão à frente da boca quando o sorriso torna-se inevitável. 




Os dentes, as gengivas e um hálito agradável denotam uma condição saudável e um desprendimento no comportamento social. Isso influencia até mesmo no desempenho profissional de algumas pessoas - como as que têm a necessidade de comunicar-se. A estética, também, é um assunto complexo que tem desafiado tanto o profissional quanto a indústria de produtos odontológicos, numa permanente busca da perfeição, naturalidade e beleza. O conceito de beleza é subjetivo: o que é bonito para um nem sempre o é para outro. Uma prótese para ser estética deve ser harmônica e ter relações de espaço, forma, proporção, cor e textura. 


Os dentes não têm todos a mesma forma e tamanho; eles guardam uma certa proporção entre eles. Até alguns defeitos e manchas devem ser criados para que o conjunto fique mais natural, principalmente em pacientes com idade acima de 40 anos. A simetria exagerada leva invariavelmente à identificação dos dentes artificiais, o que é desagradável. Esse é um erro comum e deixa o sorriso semelhante a um teclado de piano. O paciente tem a tendência de exigir dentes com posição correta e a cor bem clara, o que provoca evidente contraste com a idade, a cor da pele e posição dos lábios. 


Novas técnicas e materiais têm sido desenvolvidos nestas últimas décadas, proporcionando soluções satisfatórias. Os materiais cerâmicos e as resinas tiveram grande aceitação e são aperfeiçoados a cada dia. As coroas totais em porcelana sem metal têm melhores cores e a aparência bem próxima dos dentes naturais: são indicadas para coroas unitárias e prótese de pouca extensão. A prótese sobre implantes ósseo-integrados tem sido a primeira opção, embora outras técnicas e trabalhos sejam satisfatórios (desde que realizados com critério, sem perda de qualidade) e com custos mais baixos. Os trabalhos de coroas cerâmicas sem metal aparente e os implantes têm sido a preferência dos pacientes de terceira idade. Eles podem preencher quase todas as necessidades relacionadas à função, ao conforto e, principalmente, à estabilidade. O grau de satisfação e a qualidade de vida com a prótese suportada por implantes não deixam dúvidas de que esta é a Odontologia moderna, independente da idade do paciente adulto, salvo raras limitações.


A preocupação com o indivíduo dentro de uma visão global, e não só com os dentes, é a base da formação dos profissionais de hoje. No início da profissão, o dentista se limitava a cuidar dos dentes; mais tarde, a se preocupar com os dentes e a boca. Atualmente, não de pode deixar de relacionar os dentes, a boca, o estado de saúde e o estado emocional do paciente. Muitas doenças se manifestam na mucosa e na língua.
Dores musculares, articulares e de cabeça podem estar relacionadas com o bruxismo (ranger os dentes) devido ao estresse. Quando o paciente chega ao consultório, é preciso conhecer, além de sua queixa principal, suas expectativas quanto ao tratamento. É importante que o tratamento seja abrangente, contribuindo para melhorar a qualidade de vida e auto-estima do paciente, principalmente se ele for idoso.





O paciente de terceira idade é diferente de um paciente jovem, pois toda a sua experiência de vida exerce influência direta no diagnóstico e no plano de tratamento. Nem sempre a primeira proposta de tratamento é aceita; é preciso considerar o sucesso e o insucesso de trabalhos anteriores, que precisam ser avaliados. O estudo de saúde, as doenças sistêmicas, o grau de tolerância a tratamentos longos e a condição financeira são fatores que determinam o tipo de tratamento. A saúde como um todo deve ser levada em consideração. Alguns medicamentos (como os calmantes, os antidepressivos e os anti-hipertensivos) podem provocar efeitos colaterais, como a xerostomia (redução da salivação), o que facilita o aparecimento da saburra (a camada branca que recobre a língua) e do mau hálito (que tem grande importância no comportamento social).

segunda-feira, 18 de abril de 2011

SORRISO DA SEMANA


Bom essa semana o sorriso é de chocolate...
Está chegando o coehinho da Páscoa...
Não abuse dos doces e não esqueça de escovar seus dentes...

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Sexo e boca

Então,
Assunto sério, delicado... porém penso ser importante conversar de forma direta com os leitores desse blog.

Tabus e preconceitos só servem para arraigar problemas e difundir a doença. Sejamos sinceros e vamos descer de nosso isolamento, pois mesmo que discordemos podemos ter filhos e amigos sem a informação e passá-las pode aliviar muita dor de cabeça!!!



A boca e o sexo estão diretamente relacionados, o beijo, o sexo oral são práticas comuns e constantes em qualquer relação.

Portanto devemos que risco corremos, e como nos prevenir deles.


Ao contrário do que muita gente pensa, sexo oral também é um caminho para contrair doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). E em alguns casos, uma DST oral pode ser até mais difícil de diagnosticar e tratar. O cirurgião-dentista pode reconhecer os sintomas orais de uma DST e instruir o paciente a procurar um profissional de saúde para o correto diagnóstico.

O singelo beijo não é tão inocente assim; nas festas muitas pessoas gostam de “ficar” com o maior número de parceiros casuais possível. Porém, este comportamento atual é considerado de alto risco pela promiscuidade inerente. Existem vários tipos de doenças potencialmente transmissíveis pelo beijo.
A mononucleose (doença do beijo), cárie, gengivite, candidíase (sapinho), herpes labial, tuberculose, hepatite e até as doenças sexualmente transmissíveis como a sífilis e a gonorréia podem passar de um “ficante” a outro.



Para não ter surpresas desagradáveis pós-balada, recomenda-se cuidar bem da higiene bucal e visitar regularmente o dentista. Um exame clínico de rotina é capaz de identificar os primeiros sintomas das manifestações bucal de doenças sexualmente transmissíveis, por exemplo.

O relacionamento sexual oral sem preservativo (camisinha), mesmo entre pessoas normais, pode sempre vir a trazer alguma alteração na flora bacteriana, tanto bucal como genital. Essa condição é possibilitada pela troca dos fluidos e microrganismos salivar e genital, podendo os microrganismos de uma cavidade agir patologicamente em outra cavidade de nosso organismo, gerando alguns desequilíbrios das bactérias locais, essas alterações tendem normalmente a se auto-regular sem necessidade de antibióticos. 



Você pode adquirir inúmeras doenças sexualmente transmissíveis – (DSTs) pelo sexo oral, caso você tenha algum sangramento gengival, aftas ou quaisquer lesões na boca, que acabe entrando em contato com uma pessoa que seja portadora da doença e que tenha também qualquer pequena ulceração também ou sangramento.

As doenças sexualmente transmissíveis mais freqüentemente transmitidas ou adquiridas na boca são: Herpes, HPV, Sífilis, AIDS, Gonorréia, Cancro Mole, Candidíase; Uretrites, porém podemos considerar que em certos casos, as Hepatites A, B, C podem ser transmitidas pelas relações sexuais, assim com, gripes, hanseníases (saliva e secreções), etc, portanto, poderíamos considerá-las como Doenças Sexualmente Transmissíveis – DSTs de certa forma.

Atualmente, ainda são os homens que detém a maior prevalência de doenças sexualmente transmissíveis, mas as mulheres a cada dia vêm apresentando maior freqüência. Isto não se deve a susceptibilidade e sim a um maior comportamento de risco em relacionamentos sexuais em ambos os sexos, independente da profissão e classe social e cultural.

O contágio ou infecção se dá por contato sexual direto, por meio das relações bucais, também conhecidas como sexo oral ou ainda pelo beijo, ou seja, por relacionamentos sexuais buco-genitais, buco-anais e buco-genito-anais, como também podem ocorrer tão somente pelas relações buco-bucais. São mais susceptíveis aqueles que têm sangramentos gengivais, ulcerações bucais e lesões nos tecidos epiteliais da boca ou oro-faringe, associados a uma má higiene bucal.

 HPV oral

A transmissão de doenças sexualmente transmissíveis pela realização do sexo oral, ocorre principalmente quando o parceiro tem feridas abertas na região genital, que são muitas vezes não percebidas. Pode-se também adquirir a infecção através do sexo oral se ele tem alguma lesão ou cortes na língua, gengivas ou na boca, também muitas vezes não percebidas. O risco de transmissão também pode aumentar devido a certas atividades realizadas antes ou depois do sexo oral. Estas incluem escovar os dentes, utilizar fio dental, mastigar alimentos ou qualquer tipo de trabalho odontológico realizado.

O relacionamento sexual seguro, sempre deve ser com preservativo e uma excelente higiene bucal, devemos ainda enfatizar que é fundamental uma excelente higiene bucal, por meio da escovação, utilização do fio dental corretamente e cremes dentais que contenham formulação anti-séptica, além de utilizar como co-adjuvantes enxaguatórios bucais com formulação anti-séptica sem álcool. Estes procedimentos citados são a melhor forma de prevenção das Doenças Bucais Sexualmente Transmissíveis.

Uma higiene eficaz corpórea e uma higiene bucal adequada são formas de evitar o estabelecimento de doenças por ulcerações e lesões do tecido epitelial; os controles periódicos em consultórios odontológicos e médicos; uma vida regrada sem o risco de sexo inseguro e com o mesmo parceiro/a.

A higiene bucal é condição indispensável para a manutenção da saúde bucal e todos os produtos que pudermos lançar mão para a não ulceração e para a promoção da saúde serão bem vindos. Os anti-sépticos bucais sem álcool e a base de clorhexidina são coadjuvantes no controle das infecções como as doenças periodontais, portanto, ajudam a evitar ulcerações e exposição de tecido conjuntivo. A higiene bucal é a forma mais simples, mais barata e segura de prevenção para inúmeras doenças, cuja porta de entrada é o meio bucal, principalmente quando ulcerado.

Não fique constrangido de perguntar, o anonimato é uma possiblidade, encie sua dúvida sem e-mail que respondo de forma pública aqui pelo blog, ou de forma direta. Esse é um assunto sério que muitas vezes não é conversado junto a seu dentista por constrangimento ou insegurança (o que é um tabu, mas...)
Um abraço


terça-feira, 5 de abril de 2011

Quanto vale o tratamento???

Então esse é um assunto um pouco delicado.

Quanto vale um tratamento, é mais ou menos definir quanto vale um sonho, sim pois muitas vezes é exatamente isso que um paciente busca quando nos procura; seja por um defeito estético que incomoda, ou por uma limitação funcional, o dia a dia da clínica costuma revelar grandes surpresas. Já tive a felicidade de ver lágrimas nos olhos de um paciente após uma prótese bem executada, revelando a dor de ter um sorriso que não condizia com seu desejo. E pergunto quanto vale essa sensação?

Mas não abri esse post para ficar divagando e vou tentar ser objetivo em um assunto tão diverso e subjetivo.

O mais importante é começarmos desmistificando a máxima produtos odontológicos são caros!!! Isso é uma grande mentira, o custo dos produtos e equipamentos hoje está dentro de uma realidade muito mais aceitável se levarmos em consideração que quase tudo é produzido aqui no Brasil, além do mais vários incentivos fiscais e financiamentos a preços justos permitem um acesso mais fácil a tudo isso por parte dos dentistas. Mas então o que "dá valor" ao tratamento odontológico: o profissional, sim o dentista e sua formação, sua pós formação, seu desprendimento, estudo continuado...

Portanto não se deixe enganar por tratamentpos baratos demais, esse profissional não se valoriza, ou sabe de seu baixo valor. Também abusos não podem ser cometidos, excesso de valorização só acabaria atingindo o bolso do usuário.



Pesquise, converse com o profissional, avalie o consultório, a auxiliar, a sala de espera, não sob o prisma do "esbanjamento", muita exposição, marketismos...nesses 16 anos de profissão cansei de ver tratamentos caríssimos feitos de forma totalmente irresponsável, seja por muita confiança, seja por imperícia ou ainda por má fé, e já presenciei inúmeros tratamentos de baixo custo dentro de perfeitas condições técnicas e de biosegurança. Não tem regra, não há como generalizar.

Em uma área onde não temos conhecimento técnico, podemos facilmente ser enganados e infelizmente isso acontece  com muita frequencia.

E resumindo: Quanto vale um tratamento? A meu ver ele vale o que podermos pagar, ele vale o quanto desejamos, mas principalmente ele tem o valor do profissional, da confiança que temos neste.



Me coloco a disposição para, através do envio de um e-mail privado ajudar na apreciação do valor ofertado a voces caros leitores desse blog: ubiratadeoliveira@gmail.com

Um abraço,